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Ansiedade financeira: o impacto da preocupação com dinheiro na saúde mental

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Ansiedade financeira: o impacto da preocupação com dinheiro na saúde mental

Descubra como a ansiedade financeira pode impactar sua saúde mental e aprenda estratégias práticas para lidar com isso.

A relação entre dinheiro e saúde mental é profunda e, muitas vezes, complexa.

Dificuldades financeiras podem causar preocupações, mas também desencadear uma condição conhecida como ansiedade financeira.

Neste artigo, vamos explorar o que é essa ansiedade, como ela pode afetar seu bem-estar e quais estratégias podem ser adotadas para gerenciá-la de maneira eficaz.

O que é ansiedade financeira?

Ansiedade financeira é o termo que define a preocupação excessiva e constante com questões relacionadas ao dinheiro, como dívidas, falta de poupança ou incerteza sobre o futuro financeiro.

Você pode já ter passado por uma crise de ansiedade financeira, mesmo que nunca tenha ouvido essa expressão.

Podemos entender essa ansiedade como uma preocupação excessiva e constante quando estamos passando por apertos.

Muito além de uma simples preocupação com suas economias, essa ansiedade trata-se de um estado de estresse que pode afetar diversos aspectos da sua vida.

O instituto Mental Health & Money Advice do Reino Unido descreve a ansiedade financeira como “uma sensação de preocupação com sua situação financeira, que pode incluir renda insuficiente, insegurança no emprego, dívidas e incapacidade de arcar com necessidades e despesas”.

A psicóloga Fernanda Velardi ressalta: “Enfrentamos desafios em várias áreas, mas as questões financeiras se destacam, pois impactam todas as demais dimensões da nossa vida. Elas influenciam nossos recursos, as escolhas que fazemos e até as oportunidades que temos”.

Sintomas e sinais comuns

Identificar os sinais de ansiedade financeira é o primeiro passo para começar a lidar com ela.

Alguns dos sintomas mais comuns incluem:

  • Preocupação constante: Pensar em dinheiro o tempo todo, em como economizar ou ganhar mais. Isso pode acontecer mesmo quando não há necessidade imediata de resolver um problema financeiro.
  • Insônia: Dificuldade para dormir, principalmente por causa de pensamentos incessantes sobre questões financeiras.
  • Irritabilidade: Ficar facilmente irritado ou estressado, devido às situações que envolvem dinheiro.
  • Procrastinação: Evitar lidar com as finanças, deixar de pagar contas em dia ou demorar para rever orçamentos, devido ao medo ou estresse do que está por vir.
  • Problemas de concentração: Dificuldade para se concentrar em outras tarefas do dia a dia, especialmente por estar constantemente preocupado com dinheiro.
  • Fadiga: Sentir-se sempre cansado, mesmo sem esforço físico, devido ao estresse mental.
  • Distanciamento social: Evitar demais encontros sociais que envolvam gastos, ou simplesmente parar de interagir com as pessoas por causa da ansiedade financeira.

Como a ansiedade financeira afeta a saúde mental?

Você sabia que a ansiedade financeira prolongada pode ter um grande impacto na saúde mental?

Quando as preocupações financeiras tomam conta, é comum que a pessoa sinta uma pressão constante, como se estivesse carregando um peso que nunca diminui. 

Isso pode levá-la a um estado de estresse, desencadeando uma série de problemas psicológicos e até mesmo físicos.

A constante sensação de ansiedade com o dinheiro pode afetar a capacidade de concentração, de tomar decisões e manter um estilo de vida saudável.

Consequências na vida cotidiana e nos relacionamentos

Os impactos do estresse com as finanças vão além dos problemas psicológicos e emocionais. 

Eles podem se espalhar por várias áreas da vida cotidiana, afetando desde a produtividade no trabalho até a qualidade dos relacionamentos pessoais. 

Conflitos relacionados a dinheiro são uma das principais causas de desentendimentos em relacionamentos, e a ansiedade financeira pode deixar as coisas mais graves, criando uma atmosfera de tensão e desconfiança.

Inclusive, um estudo do Serasa confirmou que o segundo maior motivo de separação ou divórcio entre os brasileiros são os problemas financeiros.

Manter um diálogo calmo e racional é uma forma de tentar resolver os conflitos relacionados a dinheiro, segundo a psicóloga Fernanda Velardi. Ela também lembra que se a conversa se tornar conflituosa, é melhor interromper e retomar depois.

Estratégias para gerenciar a ansiedade financeira

Gerenciar a ansiedade com o dinheiro pode ser um grande desafio e um longo processo, mas é essencial para restaurar a paz de espírito e melhorar a qualidade de vida. 

Abaixo, selecionamos algumas estratégias que podem te ajudar com isso:

Técnicas de planejamento financeiro

Criar um orçamento detalhado pode ajudar a ter uma visão clara das receitas e despesas, permitindo uma gestão mais eficiente. 

Além disso, lembre-se de estabelecer metas financeiras realistas, criar um fundo de emergência e tentar reduzir dívidas. 

Tudo isso pode ajudar a proporcionar uma sensação de controle e reduzir as incertezas.

Para começar:

  • Crie um orçamento mensal: Liste todas as suas receitas e despesas, categorizando os gastos por necessidade e desejos.
  • Priorize a criação de um fundo de emergência: Tente economizar pelo menos até chegar ao valor de três a seis meses de despesas básicas. Usar nossa calculadora de reserva de emergência vai ajudar.
  • Revise suas finanças regularmente: Defina um dia do mês para revisar seu orçamento e ajustar as metas, se necessário.

Apoio psicológico

Além de se organizar financeiramente, buscar apoio psicológico é importante para conseguir lidar e superar a ansiedade financeira.

Um profissional de saúde mental pode te ajudar a identificar os padrões de pensamento que estão contribuindo para a ansiedade e fornecer ferramentas para lidar com essas preocupações. 

Considere:

  • Fazer terapia: Um profissional pode ajudar a entender melhor a origem da sua ansiedade e trabalhar em soluções.
  • Participar de grupos de apoio: Conversar com outras pessoas que enfrentam os mesmos desafios pode ser reconfortante e inspirador.
  • Consultar um médico: Em alguns casos, é importante consultar uma pessoa especialista em psiquiatria para te auxiliar com o processo e, em casos mais sérios, fazer acompanhamento medicamentoso.

Práticas de autocuidado e manejo do estresse

Há algumas práticas de autocuidado que podem te ajudar a manter o equilíbrio mental e físico.

Praticar técnicas de relaxamento, como meditação e respiração profunda, pode ajudar a reduzir o estresse em um momento de crise aguda. 

Manter uma rotina de exercícios físicos, alimentação saudável e sono adequado também são boas práticas que podem melhorar o bem-estar e aumentar a resiliência ao estresse e ansiedade de qualquer tipo.

Dicas práticas:

  • Meditação e mindfulness: Dedique alguns minutos do seu dia para praticar a meditação, ajudando a reduzir a ansiedade e melhorar a concentração.
  • Exercícios físicos: Atividades como caminhadas, ioga ou qualquer exercício que você goste podem liberar endorfina e reduzir o estresse.
  • Sono adequado: Tente dormir de 7 a 9 horas por noite, mantendo um horário regular para dormir e acordar.
  • Alimentação saudável: Prefira alimentos ricos em nutrientes e evite o consumo excessivo de cafeína e açúcar, que podem exacerbar a ansiedade.
  • Conexões sociais: Mantenha contato com amigos e familiares, fortalecendo sua rede de apoio emocional.
  • Limite estímulos negativos: Evite notícias ou conversas que causem estresse adicional, e tente se concentrar em atividades que tragam prazer e relaxamento.
  • Gestão do tempo: Organize suas tarefas diárias, priorizando as mais importantes, para evitar a sobrecarga e o estresse.

A psicóloga Fernanda Velardi entende que muitas formas de manejar o estresse são atividades pagas, mas que é possível pensar em alternativas gratuitas que podem ajudar sem pesar no orçamento, como: exercícios ao ar livre, caminhada, corrida, ouvir podcasts de interesse, ver vídeos, ler livros, entre outros.

O que fazer para diminuir ou evitar a ansiedade financeira?

A ansiedade financeira é uma realidade para muitas pessoas, mas não precisa ser um fardo. 

Reconhecer os sinais dessa ansiedade, adotar estratégias para gerenciá-la e buscar ajuda são os primeiros passos para retomar o controle da sua vida financeira e, consequentemente, da sua saúde mental.

Lembre-se de que não há vergonha em buscar apoio. 

A chave está em agir agora, buscando soluções que possam aliviar o estresse e trazer de volta a tranquilidade.

Então, é hora de colocar as dicas em prática, procurar ajuda profissional se necessário e tentar aprender mais sobre organização e educação financeira para começar a ter uma vida mais saudável e equilibrada. Vamos lá?

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Autor

Leticia é jornalista, copywriter e apaixonada por tecnologia. Estuda e escreve sobre economia, finanças e tecnologia.

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