Projeto social celebra a formação de quatro alunos em fevereiro
O projeto Hack the Favela, uma iniciativa do alt.bank em colaboração com a ONG Cor Ação, localizada em São Carlos/SP, formou sua primeira turma no dia 19 de fevereiro de 2024.
O programa tem como objetivo principal oferecer educação gratuita na área da programação para moradores de comunidades da cidade de São Carlos, com foco em promover a inclusão digital e facilitar o acesso a empregos no setor tecnológico.
O nascimento do Hack the Favela está alinhado com os valores do alt.bank, que envolvem a promoção de oportunidades e a igualdade financeira e social.
Desde o seu lançamento, o Hack the Favela alcançou um marco importante com a formação dos quatro primeiros alunos: Beatriz Lika Watanabe Nozaki (33 anos), Leandro da Silva Antunes Ramos (36 anos), Robson Vitorino da Silva Correa Júnior (24 anos) e Wilmer Alexis Bonilla Agudelo (38 anos).
Este resultado é fruto de um ano de curso intensivo, ministrado por 7 programadores voluntários do alt.bank, que cobriu diversas áreas da tecnologia, como lógica de programação, estrutura de dados, desenvolvimento web e back-end.
As vozes do Hack the Favela
Agora formados, os quatro alunos do Hack the Favela compartilharam as experiências que tiveram ao longo do curso, as dificuldades e as expectativas para o futuro.
Do aprendizado ao mercado de trabalho
Robson é um exemplo do sucesso alcançado pelo projeto, que emplacou a sua contratação pela equipe de tecnologia do alt.bank, em fevereiro de 2024, logo após a conclusão do curso.
O formando relembra a trajetória desafiadora de aprendizado, enfatizando que a curva de aprendizado foi bastante tensa. "A gente sentiu bastante. Eram pessoas que não tinham nenhuma experiência ainda com desenvolvimento [de software]”.
Ao concluir a formação do Hack the Favela, Robson comemora: “Tinha trabalhado com coisas mais manuais mesmo. [o curso] Foi um rompimento, me permitindo entrar em um novo universo. Deu esse sentimento de mudança, de transformação”.
Apesar do foco do programa ser desenvolvimento de software, os alunos adquiriram outros conhecimentos do mundo tech, como a parte de hardware e infraestrutura de rede. Para Robson, essas aulas foram fundamentais para compreender que a área da tecnologia é muito maior do que ele imaginava. “A gente viu que o universo aqui é enorme. Tem um leque gigantesco de oportunidades que eu posso aproveitar depois do curso”.
Transformações pessoais e profissionais
Para os alunos Wilmer e Beatriz, o curso agiu como amplificador para suas visões a respeito da programação. “O Hack the Favela nos ofereceu a possibilidade de explorar o mundo da tecnologia, da programação e dos aplicativos, um universo vasto e atual em que estamos inseridos”, disse Agudelo. O curso abriu a mente dos alunos para muitas outras áreas que jamais teriam imaginado entrar, “um mundo digital, onde códigos e números viram artes digitais ocultas, que muitos nem sequer sonham que existem”, apontou Beatriz.
Despertar para novas oportunidades
Para Leandro, o projeto o ajudou a buscar um futuro melhor, fez com que tivesse a oportunidade de sair do comodismo e “enxergar além do que estamos presos em nosso dia a dia”.
Ele também agradece os professores do curso, afirmando que o aprendizado só foi possível por conta da dedicação dos voluntários e ainda ressalta que sua visão a respeito da área era minúscula e agora, após o curso, deseja buscar novos conhecimentos no universo tech. “Foi de verdade ‘Um encontro cósmico’”, acrescentou.
A missão de educar e transformar
Jessica Fivorante de Angelo, analista de RH do alt.bank e uma das responsáveis pelo projeto, reforça que a missão do Hack the Favela é despertar o interesse pela tecnologia e prepará-los para o mercado de trabalho “para que vejam que existe espaço para eles no mundo tech”.
Um dos professores do Hack the Favela, Frederico Fiuza, conta que sua motivação para se tornar voluntário é enxergar a tecnologia e a educação como ferramentas de transformação nas comunidades.
Ele conta que foi criado próximo a uma comunidade e testemunhou o impacto da criminalidade, perdendo muitos amigos ao longo do caminho, por isso enxerga a educação na tecnologia como uma forma de afastar as pessoas desse mundo cruel: “fico realizado em poder colocar um ‘tijolinho’ na construção da mudança na vida desses alunos, afastando-os desses perigos”.
Frederico reforça que fazer parte do projeto impactou positivamente sua vida pessoal e profissional. Na última aula do curso, fez questão de viajar mais de 1000 km para encontrar os alunos pessoalmente. “São pessoas valentes que estão lutando para mudar de vida”, ressaltou.
Próximos passos
A segunda turma do Hack the Favela está prevista para iniciar em abril deste ano. As inscrições encerraram no dia 13 de março e contaram com 53 inscritos, sendo 22 mulheres e 31 homens, com idades entre 14 e 48 anos. Na primeira edição, tivemos um total de 33 inscritos.
Entretanto, devido à limitação de infraestrutura para acomodar todos os participantes, mesmo após a aquisição de novos computadores, foi necessário realizar uma seleção por meio de testes de lógica e avaliação de proficiência em informática. Como resultado, 16 candidatos foram selecionados, sendo eles:
- Victor Hugo Bressan Santanin (19 anos)
- Mirela Juliana Sampaio de Almeida (19 anos)
- Mateus Augusto Coutinho Rezende (16 anos)
- Daniel Silva Magalhães (21 anos)
- Nayla Caroline Magalhães Souza (20 anos)
- Amanda Plonkoski Guilherme (18 anos)
- Bruna Santos (29 anos)
- Joabe Camilo Ferreira (33 anos)
- Mayk Daniel de Jesus Cunha (16 anos)
- Thais Silva Magalhães (30 anos)
- Thais Bergamini de Souza (25 anos)
- Marcelo Ricardo Balarini (48 anos)
- Wislei de Souza (44 anos)
- Wemerson Figueiredo Rocha (29 anos)
- Julio Cesar André (41 anos)
- Larissa Queiroz (25 anos)
O número de professores também aumentou em relação à primeira turma, passando de 7 para 16voluntários do alt.bank que vão ministrar os onze módulos do curso.