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Tarifas bancárias: Você pode estar perdendo dinheiro!

Tarifas bancárias: Você pode estar perdendo dinheiro!

Já pensou que você pode estar perdendo dinheiro com tarifas bancárias? Nos últimos anos, os bancos tradicionais brasileiros se viram numa posição complicada diante da migração de grande parte de seus clientes para os novos bancos digitais da moda. 

Um dos principais motivos para essa mudança foram as taxas abusivas que são cobradas e ficam disfarçadas nas entrelinhas e letras miúdas dos contratos.

Mas você sabe por que as tarifas bancárias existem e para que elas servem?

Tarifas bancárias: O que você precisa entender?

As tarifas bancárias são utilizadas pelos bancos para cobrar pelos serviços que oferecem aos seus clientes, além dos encargos fiscais. Manutenção de conta, transferências por TED e DOC, saques em caixas eletrônicos, tudo isso costuma ser incluído nos pacotes de serviços que são cobrados nas tarifas bancárias.

É mais comum encontrar essas cobranças em contas de instituições tradicionais. Cada tipo de conta possui um pacote de serviços diferente que costumam limitar o número de transações TED e DOC gratuitas, por exemplo, ou até mesmo o PIX.

Como consumidor planejado, é importante estar ciente das tarifas que o seu banco está cobrando e entender por que elas estão sendo cobradas.

Isso pode te ajudar a tomar decisões mais assertivas sobre quais serviços utilizar, qual é o melhor banco para o seu perfil e como evitar gastos desnecessários. Além de garantir que o seu dinheiro está sendo utilizado de forma eficiente e que as finanças estão sob controle.

O que diz o Bacen sobre as taxas dos bancos?

De acordo com o Relatório de Economia Bancária 2021 do Banco Central do Brasil (Bacen), o período da pandemia da Covid-19 acelerou o processo de digitalização dos bancos, ocasionando uma mudança na forma como os brasileiros realizam transações financeiras. 

Isso estimulou a reestruturação das instituições financeiras que passaram a buscar novos modelos de negócio, como as contas digitais. Nestas, em geral, não são cobradas tarifas de manutenção e, portanto, tem sua rentabilidade através das tarifas de intercâmbio. 

As tarifas de intercâmbio são definidas pelas bandeiras do cartão (Mastercard, Visa, etc) e tem como objetivo remunerar os emissores de cartões através da MDR, a taxa de desconto que as empresas de “maquininhas” (credenciadoras ou adquirentes) recolhem dos lojistas.

Hoje, as instituições financeiras são obrigadas a seguir uma série de resoluções estabelecidas pelo Bacen para que seu funcionamento seja bem regulamentado. De acordo com o Art. 2 da resolução Nº 3.919 de 25 de novembro de 2010, existem alguns serviços que são obrigatoriamente gratuitos ao cliente. São eles:

Relativos à conta de depósitos à vista:

  • Fornecimento de cartão com função débito;
  • Fornecimento de segunda via do cartão (exceto em caso de perda, roubo, furto, danificação e outros motivos não imputáveis);
  • Realização de até quatro saques por mês;
  • Realização de até duas transferências de recursos entre contas na própria instituição por mês;
  • Fornecimento de até dois extratos por mês;
  • Compensação de cheques;
  • Fornecimento de até dez folhas de cheques por mês.

Relativos à conta de depósitos de poupança:

  • Fornecimento de cartão com função movimentação;
  • Fornecimento de segunda via do cartão (exceto em caso de perda, roubo, furto, danificação e outros motivos não imputáveis);
  • Realização de até dois saques por mês;
  • Realização de até duas transferências, por mês, para conta de depósitos de mesma titularidade;
  • Fornecimento de até dois extratos por mês.

Nesses casos, o banco também é obrigado a disponibilizar atendimento, consultas ou prestação de qualquer serviço por meios eletrônicos no caso de contas cujos contratos prevejam utilizar exclusivamente meios eletrônicos.

Com a reestruturação das instituições financeiras e o ingresso na atividade financeira de grandes empresas atuantes em outros mercados, alguns desses serviços deixam de ser obrigatórios. Como resultado, o órgão regulador se vê desafiado pois há uma complexidade maior para adequar diferentes modelos de negócios sob um único perímetro regulatório.

Como saber se estou perdendo dinheiro?

Descobrir se você está perdendo dinheiro com tarifas bancárias pode ser uma tarefa difícil, mas não impossível! Muitas instituições dificultam o acesso a informações de taxas e cobranças, por isso, é importante pesquisar bem todos esses detalhes antes de contratar um serviço financeiro.

Outro comportamento ideal é que você verifique regularmente o extrato bancário e procure por tarifas cobradas para ter certeza de que o seu dinheiro está sendo direcionado para aquilo que realmente contratou.

Esteja sempre atento aos serviços sem tarifas que o seu banco oferece, como contas correntes online ou cartões de débito sem taxas de saque. 

Ainda, é importante verificar se essas tarifas são justificadas, como por exemplo, por saques em caixas eletrônicos fora da rede do banco, ou se são desnecessárias, como taxas de manutenção de conta que poderiam ser evitadas mantendo um saldo mínimo ou procurando bancos que não cobram esses valores.

Outra forma de saber se está perdendo dinheiro, é comparando as tarifas cobradas pelo seu banco com as de outras instituições financeiras. Isso pode ajudar a identificar se há opções mais econômicas disponíveis no mercado.

É possível pedir ressarcimento?

Algumas situações tornam possível que você peça o ressarcimento de tarifas bancárias. Por exemplo, quando uma tarifa é cobrada indevidamente ou sem o consentimento do cliente, o banco pode ser obrigado a devolver o dinheiro. 

Por exemplo, se o banco cobrar uma tarifa de manutenção de conta sem avisar o cliente ou sem oferecer opções para evitar a tarifa, é possível solicitar ressarcimento.

Ou ainda, vamos supor que você tenha uma conta básica de serviços essenciais do Banco Central, que não cobra taxas, em uma instituição financeira e, de repente, surgiu uma tarifa relacionada ao envio de mensagens no seu extrato.

Neste caso, o banco é obrigado a cancelá-la e ressarci-lo, caso seja do seu interesse, pois no ato do contrato esse serviço não estava incluído.

Para solicitar ressarcimento de tarifas bancárias, é importante entrar em contato com o banco e explicar a situação. Nesse caso, o cliente pode ter que apresentar provas da cobrança indevida ou ilegal, como extratos bancários, contrato do serviço ou documentos que comprovem a desaprovação do cliente referente à taxa cobrada. 

Se o banco não cumprir com a solicitação de ressarcimento, é possível entrar com uma ação judicial para recuperar o dinheiro.

novücard e o compromisso com a transparência e justiça financeira

O novücard tem um compromisso sério com a transparência e a justiça financeira. Não é à toa que, em 2019, foi criado o Manifesto da Justiça Financeira que norteia todas as decisões e novos produtos da nossa instituição.

Além disso, em 2022, iniciamos um projeto que visa analisar o nível de transparência das principais instituições financeiras do Brasil para auxiliar a população a realizar escolhas sábias na hora de contratar um serviço financeiro. 

A cada trimestre, um novo relatório é gerado fazendo um comparativo entre as instituições que são organizadas em um ranking de ordem decrescente da mais transparente à menos transparente. O ebook do Índice de Transparência do Setor Financeiro no Brasil é 100% gratuito e está disponível em nosso blog.

Na última atualização do material foi possível observar que alguns bancos já começaram a tomar algumas atitudes para ser mais honestos com seus clientes.

O Banco do Brasil, por exemplo, tomou o lugar do Itaú como a instituição financeira mais transparente no Brasil, enquanto a Caixa se tornou a menos transparente; e 5 das 17 instituições avaliadas, incluindo a Caixa, não divulgam qualquer informação sobre as taxas de seus produtos de crédito antes da aplicação pelo cliente.

Conclusão

Agora que você já sabe o que são as tarifas bancárias, para que servem e como podem ser cobradas, além de ter acesso a um material completo sobre o índice de transparência das principais instituições financeiras do país, está na hora de reavaliar se o seu banco é realmente a melhor escolha para o seu bolso!

Faça uma lista das funções que você mais usa e tenha em mente a quantidade de transações que costuma fazer mensalmente para escolher com sabedoria um banco que seja completo para você. 

Autor

Rebeca Lima é jornalista especializada em finanças. Sua paixão é oferecer orientações financeiras de forma simples e acessível. Para isso, dedica-se a estudar sobre economia e gestão de gastos, além de colaborar com o time de conteúdo novücard.

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