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Custo de vida: o que você precisa saber?

Custo de vida: o que você precisa saber?

Você já deve ter ouvido falar do termo ‘custo de vida', certo? Trata-se de um conceito comum quando falamos de finanças pessoais.

Muito usado no dia a dia, a ideia do custo de vida ainda gera confusão e dúvidas nas pessoas, apesar de ter um impacto gigante em nossas vidas.

Especialmente quando falamos do Brasil, entender o que é esse conceito pode fazer toda a diferença na sua organização financeira.

Em 2021, por exemplo, 73% dos brasileiros afirmaram que os gastos cotidianos aumentaram naquele ano (pesquisa divulgada pela IPSOS).

Mas o que isso quer dizer? Como você pode se adequar a essa realidade e evitar surpresas no futuro?

Para te ajudar a responder isso, preparamos aqui um guia com tudo que precisa saber sobre esse assunto importantíssimo no controle financeiro. Aqui você vai aprender:

Vamos começar?

Custo de vida: O que é?

O termo custo de vida se refere à soma de todas as suas despesas mensais. Ou seja, tudo que considerar necessário para viver. Isso pode incluir gastos como:

  • Alimentação;
  • Moradia;
  • Transporte;
  • Lazer;
  • Saúde;
  • Educação.

Porém, esses custos estão também ligados a outros fatores como: local de residência, estilo de vida, tamanho da família e renda.  

Afinal, morar em uma cidade grande como São Paulo trará um custo básico maior quando comparado com um outro local, mais no interior, como Bauru (SP), por exemplo. Quando você adiciona filhos na equação, a conta também aumenta. 

Então, é importante sempre levar todas essas variáveis em consideração quando estiver calculando seu custo de vida. Mais pra frente no texto vamos te explicar direitinho como fazer isso!

A importância de entender o custo de vida

Agora você sabe do que se trata esse conceito, mas ainda pode estar se perguntando: “O que isso muda na minha vida? Qual a importância de eu saber tudo isso?”.

Indo direto ao ponto: saber o seu custo de vida está diretamente ligado a sua capacidade de fazer um bom planejamento econômico e organizar suas finanças. 

Sem isso, você não conseguirá ter uma visão completa de quanto está saindo de dinheiro todo mês e, portanto, se planejar para economizar e ter hábitos financeiros saudáveis, com prioridades e metas.

Isso influenciará diretamente na sua qualidade de vida e preparo para um eventual imprevisto como desemprego ou emergência.

Como calcular de um jeito simples

Agora chegamos à parte mais importante: calcular o seu custo de vida para efetivamente adequar os gastos à renda. Aqui não tem segredo!

Analise suas despesas fixas

Os gastos fixos são as contas que você/sua família tem que pagar todos os meses, sem grandes alterações, como: 

  • Gás, 
  • Água;
  • Energia;
  • Telefone/internet;
  • TV a cabo;
  • Convênio médico;
  • Mensalidade escolar.

Estime suas despesas variáveis 

Os gastos variáveis são despesas que mudam de valor mês a mês como:

  • Viagens;
  • Lazer;
  • Combustível;
  • Alimentação;
  • Impostos;
  • Possíveis emergências.

Aqui é importante considerar que as despesas variáveis sofrem influência direta do local onde você mora, tamanho da família e padrão de vida como falamos acima no guia. 

Afinal, uma família que mora em uma área mais cara de uma grande cidade tende a gastar mais em um restaurante, por exemplo, do que outra que habita em uma pequena cidade do interior.

Custo de vida = Custos fixos e variáveis

Então, com essas informações em mãos, basta somar as suas despesas fixas com as variáveis!

Esses dois tipos de gastos devem abranger tudo que sai de dinheiro em um mês. Ao somá-los, você terá uma boa média do seu custo de vida mensal. 

Leia também:

Dicas para adequar seus gastos à sua renda 

Com seu custo de vida em mãos, você pode acabar percebendo que a proporção de gastos/renda não está adequada. 

E isso não é à toa: segundo dados do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), o índice de custo de vida do brasileiro sofreu um aumento de 72% entre 2019 e 2022.

Para isso, se faz necessária uma atenção extra para ter uma saúde financeira de maior qualidade, evitando dívidas ou comportamentos que podem atrapalhar sua organização, como pagar o valor mínimo da fatura, permitindo aquela importante economia no final do mês. 

Pensando nisso, trouxemos algumas dicas que podem te ajudar:

Adote a proporção 50-30-20

O método 50-30-20 é uma forma fácil e eficaz de separar a sua renda líquida mensal. Como o nome indica, o conceito prevê a divisão dos seus gastos em três partes:

50% - despesas fixas e essenciais;

30% - despesas variáveis e supérfluos;

20% - economia para o futuro/reserva de emergência;

Com essa proporção, você terá mais controle das suas finanças e poderá também dormir tranquilo sabendo que, em caso de emergências, você estará preparado.

Reveja seus gastos variáveis

Todos gostamos de comer em um bom restaurante, planejar uma viagem de férias ou sair para um barzinho no final de semana, mas caso estes gastos estejam pesando muito nas suas despesas, talvez seja o momento de diminuir alguns hábitos não tão necessários ou compras por impulso.

Especialmente em regiões caras, esses custos podem acabar se acumulando e fazendo um estrago no final do mês. 

Não estou dizendo para deixar de se divertir e sim fazer uma análise para entender se é possível cortar gastos desnecessários, ou diminuir o padrão, pelo bem da sua saúde financeira.

Avalie uma mudança de local

Sabemos que mudar de cidade (ou até de estado) é uma decisão difícil e que envolve muitos fatores. Porém, também é uma maneira muito eficaz de adequar seus gastos com sua renda, caso esteja dentro das suas possibilidades de carreira.

Com essa mudança, tanto as despesas fixas quanto variáveis sofrem alteração. Desde o gasto com aluguel e contas básicas até as opções de lazer podem variar drasticamente de uma região para outra.

Quer um exemplo?

Segundo o site Custo de Vida, a média do aluguel de uma kitchenette em região cara na cidade de São Paulo é 113,9% mais cara em média do que em Bauru (de R$800,00 para R$1.711,11). 

Para um ingresso de cinema, por exemplo, o aumento é de 81,4% (de R$19,73 para R$ 35,79).

Então, quando fazemos a soma de tudo no final do mês, a diferença pode ser enorme.

Conclusão

Como você viu no post de hoje, saber o seu custo de vida é essencial para uma boa saúde financeira. 

É com esse conceito que você entenderá onde estão seus maiores gastos e como poderá se planejar para administrar melhor a sua renda

No futuro, essa readequação de hábitos pode fazer toda a diferença. Esperamos que essas dicas tenham te ajudado!

Autor

Rebeca Lima é jornalista especializada em finanças. Sua paixão é oferecer orientações financeiras de forma simples e acessível. Para isso, dedica-se a estudar sobre economia e gestão de gastos, além de colaborar com o time de conteúdo novücard.

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